Água é vida!

 

O IDG trabalha por uma economia regenerativa que não degrade a natureza sonegando a territórios a água que a vida neles presente necessita e por justiça ambiental, assegurando a todas as pessoas, especialmente às populações mais vulneráveis, abastecimento de água saudável e saneamento básico.

 

A pandemia da Covid-19 expôs de forma cruel os desafios que a Humanidade enfrenta neste início de século XXI, sobretudo a relação que a sociedade mantém com os recursos e bens naturais da Terra. Um deles é a água. Desmatamento de biomas, acidificação, poluição e lixo nos oceanos, poluição, degradação e extinção da vida nos corpos hídricos de água doce. São muitas as ações humanas que resultam na destruição da biodiversidade e que comprometem nossa segurança hídrica. A data instituída pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Água deve servir como um chamado para a reflexão e ação.

 

No Rio de Janeiro, no início da pandemia, enquanto os cientistas alertavam sobre a necessidade de higienização das mãos, muitas favelas, comunidades e aldeias não tinham acesso sequer a água potável. E sabemos que esses locais concentram especialmente populações negras e indígenas. O acesso precarizado à água tem também uma profunda relação com CEP, cor e raça, portanto este é um ponto de atenção. A cidade vinha de uma crise no abastecimento que levou muitos moradores a passarem mal e a terem que comprar água mineral. A qualidade da água que recebemos em nossas casas e locais de trabalho não depende apenas de um bom tratamento, mas também da preservação de nossa bacia hidrográfica e da recuperação de áreas degradadas, através de saneamento básico, reflorestamento e ações de coleta adequada de resíduos sólidos. Esses princípios, caminhando na direção de uma economia circular, ainda são pouco desenvolvidos no país, mas devem estar no centro das políticas públicas a serem implementadas.

 

 

No IDG, acreditamos em colaboração multissetorial em que as ações são realizadas por entes públicos, privados e organizações da sociedade civil, única forma de uma governança eficiente e democrática.

 

 

No IDG, acreditamos em colaboração multissetorial em que as ações são realizadas por entes públicos, privados e organizações da sociedade civil, única forma de uma governança eficiente e democrática. Entre outras ações, apoiamos o Observatório da Baía de Guanabara, um farol de monitoramento e desenvolvimento de projetos que contribuam para a despoluição da Baía. Somos gestores do Florestas do Amanhã, que, em parceria com o Governo do Estado, vai reflorestar 1,1 mil hectares de Mata Atlântica no Estado. No Museu do Amanhã, que desde 2020 promove debates sobre a Década dos Oceanos, instituída pela ONU a partir de 2021, estamos participando do #NoWasteChallenge, uma iniciativa que vai premiar projetos com propostas para a despoluição dos oceanos.

 

A Covid-19 nos mostrou que não há tempo a perder e que corremos sérios riscos de sofrer com outras pandemias, se não agirmos com mais consciência e planejamento. Também em relação à água, e à vida que ela proporciona, a sociedade precisa reagir, mudar seus hábitos de consumo e pressionar os governos e as empresas para que modifiquem as formas atuais de produzir e consumir. A água é um bem de todas e todos e deve ser preservada, para garantir o bem-estar e, em última análise, a própria sobrevivência humana e da natureza do nosso tempo, essa maravilhosa biodiversidade que amamos, na casa que juntos habitamos, a Terra.

 

Foto de Leo Foureaux no Unsplash