Museu do Amanhã chega a 4 milhões de visitantes

A professora de educação física Luciana Reis, de 52 anos, teve uma boa surpresa ao chegar ao Museu do Amanhã na última terça-feira, dia 19 de novembro: ela foi a visitante de número 4 milhões a cruzar os portões de vidro da instituição, inaugurada em dezembro de 2015. No mesmo dia, a Secretaria Municipal de Cultura anunciou que o Instituto de Desenvolvimento e Gestão terá seu contrato, com vigência até 30 de novembro, estendido por mais um ano, até que o processo de licitação para um novo gestor seja concluído, em 2020.

 

“O IDG aceitou esse desafio de permanecer na gestão do Museu do Amanhã, mesmo sem repasses da Prefeitura do Rio. Por isso, contamos com as nossas parcerias e patrocínios e com nosso excelente time de colaboradores, porque sem eles não poderíamos continuar recebendo os visitantes com qualidade e uma programação relevante. A palavra que nos define é resiliência”, afirma Henrique Oliveira, diretor-executivo do Museu do Amanhã.  

 

O secretário municipal de Cultura, Adolfo Konder, estava no museu para celebrar o acordo de prorrogação do contrato e também recebeu a professora Luciana Reis. “Celebrar quatro milhões de visitantes no Museu do Amanhã é comemorar uma grande conquista do espaço cultural que se tornou um dos mais democráticos e simbólicos equipamentos do Rio. Especialmente em 2020 quando a cidade ostentará o título de Rio Capital da Arquitetura, O Museu do Amanhã será uma de nossas maiores vitrines”. 

 

O número de visitantes do museu reflete o aumento de 9% de público em relação aos primeiros 10 meses de 201, o sucesso da exposição temporária Pratodomundo - Comida para 10 bilhões, visitada por mais de 250 mil pessoas de abril a outubro, e a constante atualização de sua exposição de longa duração, que ganhou nota média de 9,65 em pesquisa realizada com o público.

 

Com um perfil de visitantes diversificado, formado por moradores de todas as regiões do Rio e turistas nacionais e internacionais, o Museu do Amanhã provoca com perguntas e informações sobre o planeta. Para isso, já fez mais de 600 atualizações em sua exposição principal. A avaliação média dos visitantes para a experiência no Museu é de 9,52, e 96% deles avisam que com certeza vão recomendar para amigos e familiares. Além disso, 37% dos visitantes que interagiram com IRIS+, a assistente de inteligência artificial do museu, disseram ter se engajado em questões relacionadas às suas preocupações em um momento posterior à visita.

 

A professora Luciana Reis, que ganhou uma miniatura do museu e cortesias para visitar a instituição, frequentava museus quando era estudante. Na terça-feira, estava acompanhada de 44 alunos do Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, na Taquara, onde leciona há 30 anos. 

 

– Meus professores sempre tiveram essa cultura de levar os alunos a exposições, e eu faço o mesmo com meus alunos. A ideia do nome museu remete a algo antigo. Mas aqui nos faz questionar o que é o amanhã. E eles param para pensar o que vai ser a vida para o futuro – afirma.